Por Arthur Franco
Como o volume de
obras escritas por Agatha Christie é imenso, seleciono aqui mais 5 obras que
recomendo e nomeio como algumas das melhores, baseados em fatores subjetivos e
em variáveis como circunstâncias do crime, táticas utilizadas, originalidade e
construção da trama. Confira aqui a primeira parte dessa lista!
Cipreste Triste (1940)
Detetive: Hercule Poirot
A dúvida se o
personagem morreu de causas naturais durante o sono ou foi assassinado é um
recurso que Agatha utiliza com frequência. Aqui temos a morte de uma senhora,
que todos julgam que morreu de causas naturais. Mas um vidro de morfina sumiu
da maleta de uma enfermeira. E pouco tempo depois a jovem Mary Gerrard aparece
morta. Elinor Carlisle, sobrinha da primeira vítima e rival da segunda, é
condenada a morrer na forca. Hercule Poirot ainda acredita que a moça não cometeu os crimes e vai correr contra o tempo para tentar provar sua inocência.
"E em triste cipreste deixe-me repousar; Voe para longe, voe para longe, suspiro; Por uma donzela bela e cruel sou destruído."
Detetive: Hercule Poirot
A senhora McGinty é
encontrada morta em sua casa. A causa da morte: uma pancada na cabeça com um
objeto pontiagudo e pesado. Um suspeito já foi condenado e está prestes a ser
enforcado. Mas o superintendente Spence não está convencido de que aquele pobre
rapaz é o real assassino. Chama então o seu velho amigo Hercule Poirot para
tentar descobrir porque alguém haveria de matar uma simples diarista. Poirot
vai contar com a ajuda da sua amiga Ariadne Oliver para tentar solucionar um
dos melhores casos da sua carreira.
" “A Sra. McGinty morreu!” - “ Como foi que ela morreu?'' - “Dobrando um joelho assim como eu!"
Um crime adormecido (1976)
Detetive: Miss Marple
A última aventura de
Miss Marple foi escrita durante a Segunda Guerra Mundial, mas ficou trancada em
um cofre até 1976, sendo lançado somente após a morte da escritora. O enredo
acompanha Gwenda Reed e seu marido, que recentemente se mudaram para a
Inglaterra. Gwenda tem certeza de que nunca morou em solo britânico, mas tem a
impressão de que conhece a casa onde mora. Uma determinada frase de uma peça
teatral desperta na garota a imagem de uma mulher assassinada, bem ao pé da
escada de sua nova casa. Miss Marple, que também estava no teatro, vai tentar
descobrir se realmente houve um crime, sem se lembrar de que, quem matou uma
vez, pode matar de novo.
"Cubram seu rosto, ela morreu jovem..."
Detetive: Hercule Poirot
Esse foi o primeiro grande sucesso da autora devido ao seu
final polêmico. Muitos consideram que Christie não se utilizou das regras
convencionais dos romances policiais, mas com toda certeza ela criou um
desfecho inesperado e inédito até então. Poirot agora está aposentado e se
dedica a plantar abóboras em uma pequena vila. Tudo vai bem até que o dono de
uma grande propriedade local, Roger Ackroyd, é apunhalado e encontrado morto em
seu escritório. Poirot toma frente à investigação e, com a ajuda do Doutor
Sheepard, grande amigo do falecido, tenta encontrar a verdade em um mar de
pistas falsas.
"Caminhamos juntos a estrada que trilhei sozinho."
Assassinato no Expresso do Oriente (1934)
Detetive: Hercule
Poirot
O final total imprevisto e não convencional talvez tenha
transformado essa obra na mais famosa de Christie. Novamente encontramos as
marcas tão utilizadas pela autora: um assassinato em um lugar fechado por
dentro e diversos suspeitos, todos muito bem delimitados. Dessa vez o ambiente
é uma cabine no luxuoso trem Expresso do Oriente, na qual a vítima foi
encontrada. A reviravolta acontece quando o detetive descobre que o morto foi
parte integrante no rapto e morte de uma criança, anos atrás. Pistas falsas
surgem a todo o momento e todos têm um álibi perfeito. Mas Poirot utiliza suas células
cinzentas e vai propor não uma, mas duas soluções.
"- Senhor Hardman, quer ter a bondade de reunir todos os passageiros aqui? Há duas soluções para o caso: quero expô-las diante de todos."